O COMEÇO…
A história do cinema na cidade de Torres se deu início na década de 1940 de maneira improvisada. Por iniciativa do Sr. Paulo Martins de Lima que teve a ideia de utilizar um projetor portátil 16mm na parede da escola da vila de Torres, a antiga escola Cenecista.
Cronologia Cinematográfica em Torres.
1927: José (Zequinha) Ignácio Picoral produz o documentário “Torres”, um longa-metragem que segundo o crítico de cinema Antônio Jesus Pfeil foi um dos pioneiros trabalhos na área do cinema de cunho social.
1952: É lançado “Vento Norte”, primeiro filme produzido no Rio Grande do Sul (longa metragem) utilizando som. A película teve a colaboração de Josué Guimarães na criação dos diálogos e Luís Cosme na criação da trilha sonora. A direção do filme ficou sob a responsabilidade de Salomão Scliar e o ator principal do mesmo foi Roberto Bataglin.
1971: Alberto Ruschel produz, dirige e é o principal ator do filme “Pontal da Solidão”. Apoiado por um elenco que contou, inclusive, com atores locais. A produção foi bem aceita pelo público e a grande curiosidade em relação a mesma é o fato de o seu “set” de filmagem ter sido realizado, em grande parte, numa construção edificada entre o Morro das Furnas e a Guarita.
1980: Filmes como o do cantor regionalista Teixeirinha, “A Filha de Iemanjá” ou produções independentes como “Calma Violência” e “Salário Mínimo” com direção e atuação de Lucas Webber mais atuação de Cláudio Romário, entre outros, colocaram Torres, ou ao menos cidadãos torrenses novamente no mapa cinematográfico gaúcho e brasileiro.
SALAS DO CINE MARAJÓ
Cine Marajó foi um marco importante como o primeiro cinema fechado em Torres, feito em uma antiga lojinha de ferragens na Júlio de Castilhos cujo dono cedeu espaço para o nascimento de um pequeno cinema local. Com uma aparelhagem de dois projetores Ídio K. Feltes deu vida ao primeiro cinema dentro de uma sala na cidade de Torres em 1948.
Por fim, Torres foi palco de filmes importantes para a história da cinematografia aqui no Sul. Uma cidade rica em belezas naturais que criou seus próprios recursos para desenvolver o cinema local.